A chuva forte que atinge várias regiões da Bahia desde o último fim de semana permanece em cidades do norte, sul, sudoeste e oeste do estado. Entre a noite de quarta (15) e esta quinta-feira (16), algumas localidades registraram alagamentos nas ruas, enxurradas e inundações em prédios.
O governador do estado, Jerônimo Rodrigues (PT), sobrevoou três cidades afetadas pelo temporal na região sul nesta quinta e afirmou que diversos órgãos do estado se dedicam a prestar apoio à população. Ele também relatou que está em contato com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros como Rui Costa, da Casa Civil, e Wellington Dias, da Cidadania.
“Por enquanto, nós estamos dando conta, mas já chegou uma missão externa pra ajudar. E é bom porque quando essas pessoas vêm, os relatórios ajudam o ministério a disponibilizar mais recursos”, afirmou o gestor.
Em Itajuípe, no sul baiano, choveu 275mm entre domingo (12) e quarta-feira (15). Mais de 400 pessoas foram afetadas pelo grande volume de água.
Jerônimo Rodrigues esteve na cidade nesta quinta e visitou uma escola que tem servido de abrigo para famílias desalojadas. Até esta noite, o impacto das chuvas levou 158 pessoas, da sede e dos distritos de Nova Itajuípe e Rinha de São Cristóvão, a buscarem abrigo na casa de familiares.
De acordo com dados da Prefeitura de Itajuípe, 287 estão desabrigadas e foram acolhidas em alojamentos temporários até a recuperação dos seus imóveis. No distrito de Rinha de São Cristóvão, mais da metade da estrutura de uma casa desabou.
Região oeste
Bom Jesus da Lapa
Choveu durante toda a noite de quarta-feira (15) em Bom Jesus da Lapa. O bairro mais atingido foi o Beira Rio, que fica próximo ao rio São Francisco.
A Marinha precisou usar dois barcos para resgatar pessoas que estavam ilhadas, entre elas um bebê com apenas 15 dias de vida. A Secretaria de Assistência Social estima que até 90 famílias estejam desabrigadas na cidade. Algumas foram acolhidas em abrigos disponibilizados pela prefeitura. Outras estão nas residências de parentes.
Em alguns pontos, a água chegou a um metro e meio de altura nas paredes dos imóveis. Alguns moradores precisaram atravessar a inundação a pé para conseguir entrar em suas casas.